quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Adeus ano velho. A Deus ano novo!

O dia amanheceu em calmaria, hoje. Mal ouvia os transeuntes passarem pela rua lá em baixo, quando acordei. Devia ser 6 e pouco, como de costume. Tateei o criadinho ao lado da cama e peguei meu smartphone (não Iphone) para verificar o que de novo poderia ter acontecido depois das 4 da manhã, última vez que ele havia feito companhia à minha insônia: celebridades, dicas de makeup e look para o réveillon; praia, festas e fim 2014. A luz da tela, tão próxima aos meus olhos, os deixavam semicerrados, e aos poucos ia levando o restinho de vontade de ficar ali manhosa e aconchegada aos travesseiros, para bem longe. 

O telefone tocou logo cedo. Talvez a minha insônia se preparasse pra isso. No susto, respondi às perguntas da recepcionista da UTI com um nó na garganta: "Filha; Sim; Já vou buscá-lo; Obrigada!" E aquela angustia que se arrastara por duas semanas, cedeu lugar a um sorrisinho maroto de alivio no peito. 

Desci as escadas correndo, peguei meu carro, e dirigi até ao Hospital. Poucos minutos depois, ele já estava comigo, para entrar com o pé direito 2015. 

(...)

Tive que te esperar até agora, 2014. Para te fechar. E confesso que ainda tenho receio de que você me pregue alguma peça, e eu tenha que voltar aqui para fazer remendos de última hora... 

2014 foi meu ano maluquinho (melhor adjetivo, pois não quero ser excêntrica em ter que defini-lo como "o" melhor ou "o" pior. Até mesmo porque seria só uma questão de ponto de vista. Uma vez que, coisas boas e ruins aconteceram em proporções similares ou por consequências uma das outras). Mas, mesmo sem pejorá-lo, nunca ansiei tanto por esta magia toda que o ano novo e seus fogos de artifício trazem.

Diferente do final de 2013, meu 2014 não continuou apenas colhendo bons frutos. Foram necessárias novas plantações. E junto ao trato das novas sementes, vieram novos desafios e muitas provações.

Em 2014, eu aprendi a perdoar. Não, eu não sabia. Passamos por cima de muitas coisas; colocamos panos quentes; esquecemos até alguém tocar no assunto. Mas perdoar? Perdoar é um verbo que exige um pouco mais que isso.

Em 2014 eu aprendi a enxergar o ser humano como um universo particular próprio. Cada um traz em sim uma construção singular para ser o que é. Fatores biológicos, hormonais, históricos e culturais. O certo e o errado. Educação. Espaço familiar; vivencia de mundo. Escolhas. E quem somos nós para julgar?

O que a sociedade exige de nós? Melhor dizendo: o que o pequeno espaço social ao qual pertencemos exige de nós? Você já saiu lá fora? Já viu o quanto o mundo é vasto, lindo e cheio de coisas interessantes? Você já viu que lá fora as pessoas têm opiniões diferentes das suas? Que acreditam em outras verdades e até brigam por elas? Para quê julgar antes de ouvi-las? O que faz de você mais certo o menos certo? Diga! Ouça! Converse.

Sobre conversar, eu descobri que para este verbo podem haver variações e divergências (hoje eu estou toda ligada na gramática), e tenho aversão a elas. O que você faz quando está no Whats App? Você está "whatsapando", teclando, dedilhando, conversando? No ano das selfies e do Whats App, eu descobri que diálogos sinceros pouco existem. A tecnologia barateou e facilitou o contato humano, porém o tornou mórbido e frio. A variação de emoticons e o volume deles tem deixado você cada vez menos verdadeiro. Pense nisso.

Eu sou da época em que se falava “de 3 segundos” para não cobrar a chamada, porque a ligação era cara. E que luxo era ter plano com pacotes de mensagens, ou chip que você escolhia 3 números para falar de graça. Qual foi a última vez que você ligou para alguém? E sentiu o ofegar da respiração antes da pessoa atender? E pensou em desligar e mentir que havia ligado errado? Hoje relacionamentos acabam porque alguém visualizou e não respondeu no mesmo instante. Queria cartas que chegavam em meses. Queria aquele lance de tempo, de espera e de saudade.

Sobre o amor, eu descobri em 2014 que ele vai continuar existindo. Ainda que precisem de 8 meses de terapia para isso. E ele pode vir disfarçado em um garoto loirinho da sua infância ou em um príncipe encantado que você pode conhecer em uma viagem qualquer, do outro lado do mundo.

Sobre viagens?! Ah, viagens! Viaje, viaje e viaje!! Viajar te torna rico, sábio, dono mundo e te transforma em um eterno contador de histórias. Comece por qualquer lugar (cachoeiras, lagoas, cidades, castelos, mares), mas, comece. E não pare mais. Porque para viajar não precisa ter idade especifica, só um coração cigano e aventureiro que sabe que fomos feitos com pés e não raízes.  

O único problema desta utopia acima descrita é que eu ainda não tenho um cartão de crédito ilimitado e é exatamente por isso que estou aqui escrevendo para vocês e não estou em Paris para esperar o ano novo.

Ainda!

Em 2014 eu fui promovida! 3 anos de Banco, segunda promoção. É assustador e ainda estou absorvendo a ideia, mas a satisfação profissional se faz imensurável. Quando comecei, jamais imaginei que estaria aqui, hoje. Gratidão, aprendizado e muita, muita felicidade, seriam 3 boas palavras que definiriam meu ano profissionalmente.

Já academicamente...

Direito é o curso da minha vida. E, indiscutivelmente, não é um curso que se faz na barriga. Porém, que me perdoem os ilustres doutores de notório saber jurídico, em 2014, eu fui medíocre. Não vou me justificar, nem me martirizar. Para “cada escolha, uma renuncia, isto é a vida”, disse, certa vez, um poeta, não é?! Em 2015 já estarei mais habituada ao novo cargo e faço aqui minha única promessa de ano novo: levarei minha vida com mais equilíbrio.

Em 2014 eu continuei perdendo heróis. No entanto, a maturidade tem me ensinado a lidar com a morte com mais fé e menos questionamentos. Não pertence a mim, a vida das pessoas que amo; cabe a Deus, lhes traçar destinos. O agora não pode ser visto como o estritamente finito. Há muito mais, além. E eu creio nisto.

2014 foi um ano de muito amadurecimento.

Se 2013 foi um ano de realizações, 2014 de provações, acredito que 2015 será um ano de espera: OAB, TCC, Formatura. Futuro incerto. Escolhas certas. Será necessário, além da maturidade paulatinamente construída, muito discernimento. Para isso, deixo neste ano todas as minhas angustias, aflições e ansiedades, para colocar meu 2015 nas mãos de Deus. Nem sempre os planos que fazemos são os melhores nós, e Deus nos prova isso nas curvas do caminho. Não só com decepções, mas, nos surpreendendo com o acaso e com novas possibilidades.

Vem logo, 2015!

Um beijo 2014!!! (Se eu pudesse escolher um dia para reviver este ano, indiscutivelmente seria este dia. Obs: nadar no mar do Caribe a meia noite, depois de algumas doses de tequila pode ser libertador.)

 - Marina

domingo, 16 de novembro de 2014



(...) Ela, ainda, se acomodava manhosa em um ombro há pouco conhecido. Ele era firme, mas, macio. Tinha um cheiro gostoso de lar ou de casa de vó em dia de domingo. E isso fazia com que a timidez da primeira vez ficasse de lado, e ela fosse se aconchegando cada vez mais como se fosse morar ali.

Ao fundo, os Guns and Roses tocava Sweet Child O' Mine e ela se perguntava “where do we go now?”. Ah se ela pudesse permanecer ali, ou dar replay toda vez que música ameaçasse acabar!

Ele a beijou docemente, quando ela levantou um pouco o rosto para olhar-lhe nos olhos. Uma tentativa de que ele enxergasse por eles tudo aquilo que lhe passava na alma. Duas borboletas voaram serelepes no seu estomago – que tola – pensou; e o beijou veemente, para esmagar nos lábios aquela sensação ridícula de felicidade.



domingo, 3 de agosto de 2014

Por muitas vezes achei que a vida era feito um círculo: uma caminhada de progresso, mas, que hora ou outra, me remeteria de volta aos mesmos lugares. Hoje enxergo a vida mais retilínea do que jamais enxerguei.

Não sou eu tão boa pra falar de geometria, talvez eu me perca na metáfora enquanto escrevo, e para as minhas confusões eu peço licença e perdão, meu caro leitor. Peço que talvez releia do começo, e que coloque em ti, olhos de quem vê, pouco a pouco, pequenos círculos se fecharem atrás de si.

Não que o ponto final de uma etapa seja sempre ruim. De alguns círculos, porém, sentirei  uma eterna saudade.

Várias vezes na vida sentimos que etapas se encerram, que barreiras são vencidas e que o horizonte se torna convidativo e instigante para novas batalhas e novas conquistas. Algumas vezes saímos destas batalhas heróis, mas em outras, no entanto, nós saímos derrotados. Nestas duas últimas semanas passei por duas guerras: de uma saí em glória, na outra, tiraram um pedaço de mim.

Os almoços de domingo não serão mais os mesmos, nem as violas emitirão o mesmo som. Aquele “beijinho doce” vai ficar cada vez mais tristonho, ao perceber que agora falta um anjo de mãos postas em frente ao altar singelo da sala pequena. E talvez, em preces, eu me perca, ao me dar conta de que paulatinamente vai se esvaindo de mim, o meu destino regresso.

É tão gostoso saber pra onde ir. Mais gostoso ainda é saber pra onde voltar. Acontece que chegará um dia que o destino da volta não será mais o mesmo da partida e, então, você perceberá que a única coisa que lhe restará será seguir em frente.


- Marina


sexta-feira, 11 de julho de 2014

A Filha do Carrasco

da série: leiga crítica.

Oliver Pötzsch foi no mínimo audacioso. Nascido em 1970, e roteirista de TV por muitos anos, o alemão Oliver Pötzsch me surpreendeu com a mera realização de um “sonho adolescente”. A Filha do Carrasco é, até então, a sua única publicação (já com 474 páginas); um romance singular e biográfico.

Singular pois difere da maioria das coisas que já li. Embora a história seja contextualizada no século XVII, tempo de reis e rainhas, Oliver não se prende a enredos de ducados e palácios, pelo contrário, a história se passa na pequena cidade de Schongau, na Baviera alemã, e tem como protagonista Jacob Kuisl, o carrasco da cidade. Aqueles que nós nos acostumamos a ver nos filmes só de passagem, geralmente musculosos, de peitoral a mostra, com a cara tapada por panos sujos com dois buracos na região dos olhos, ou próximos às guilhotinas, ou próximo às forcas, no Romance de Pötzsch ganha história: vida, filhos, família, coragem e sonhos.

Embora a trama seja envolvida por contos de bruxas e pactos demoníacos, nos quais você se deixa perder até determinado ponto do livro, sem saber se a história penderá para realidade ou fantasia,  o enredo questiona a ignorância de um povo, que, por questões culturais, ainda prefere se prender a um universo mitológico e imaginário para resolver problemas políticos e sociais. As poucas pessoas que pensam distintamente e que não se deixam envolver por “histórias de bruxaria”, precisam encarar uma minuciosa corrida contra o tempo para encontrar o verdadeiro culpado por uma série de assassinatos e livrar da tortura e da morte iminente uma mulher inocente.

Ouso dizer que o livro é biográfico pois, Oliver Pötzsch é descendente da família Kuisl, famosa dinastia de carrascos alemã. Para a construção do seu primeiro livro, Pötzsch realizou diversas pesquisas, não só na sua árvore genealógica, mas também históricas e culturais. Embora fictício, A filha do Carrasco traz diversos dados históricos e reais, inclusive seu protagonista, que talvez não tenha sido um herói, mas que de fato existiu.
“Esse livro é um romance, não um trabalho científico. Tentei manter-me o mais próximo possível dos fatos. Não obstante, por razões dramatúrgicas, foram necessárias frequentes simplificações”. Oliver Pötzsch, maio de 2007.
Para ajudar na imaginação, algumas imagens da cidade de Schongau, da localidade da Baviera e do rio Lech, respectivamente:





A leitura é recomendadíssima. O livro é muito bem escrito, embora seja fácil perceber a evolução literária que o autor vai adquirindo ao longo das páginas. Por ter sido roteirista de TV, Oliver faz com que seu leitor se sinta preso a um filme de suspense, cujas cenas vão passando astutamente por sua frente; cada interrupção ou reviravolta da “cena” faz com que você devore as páginas seguintes até descobrir o que de fato está acontecendo.


Capa Nacional

Oliver Pötzsch



Uma observação: ainda estou confusa com relação ao desfecho do livro, mas me recuso a classificar A Filha do Carrasco no meu conceito de histórias boas e finais ruins. Estou saindo de duas leituras de características semelhantes: Morte Súbita e O chamado do Cuco; histórias  de enredos monótonos (mas bons) e finais surpreendentes. Talvez eu tenha esperado aquele ápice final que me deixasse boquiaberta. Por isso peço: Leiam, leiam!! E venham discutir comigo este livro!



Marina

terça-feira, 1 de julho de 2014

Hasta luego, Cancún!

Achei super importante visitar sites e blogues com dicas de turismo antes de embarcar para Cancún. Assim foi possível programar os passeios que não estavam incluídos no pacote, organizar um "roteiro" com uma programação bacana para que aproveitássemos todos os dias, sem perca de tempo, e, até mesmo, ter uma previsão de quanto em dólares seria o mínimo necessário para a viagem. No texto de hoje, mesclarei um diário de bordo de uma das viagens mais incríveis que já fiz, com pequenas dicas para quem pretende fazê-la. Bora lá?

Eu definiria Cancún como um local completo, e indicaria esta viagem para qualquer tipo de pessoa: casal em lua de mel, família com crianças, apaixonados por história, baladeiros de plantão; enfim, qualquer pessoa. Localizada na península de Yucatán, Cancún é banhada pelo Mar do Caribe - calmo, de tonalidades exuberantes, e de uma limpidez inenarrável - o que torna esta cidade um dos lugares mais paradisíacos que eu já conheci (tá que eu não conheço tantos lugares assim). 


Diferentes tonalidades do Mar do Caribe vistas ainda do avião 

Difícil acordar com esta vista todos os dias!




"Lá nesse lugar o amanhecer é lindo!"

A beleza de Cancún torna a cidade um destino perfeito para uma viagem a dois - encontramos diversos casais em lua de mel, que recomendaram muito o passeio; e o mar calmo, raso e sem ondas é um paraíso para viagens em família, principalmente quando ainda há criança em fase de “boinhas” (diminutivo de boias em mineirês) rs .


Ficamos hospedadas no Oasis Palm Beach, resort all inclusive, acoplado ao Grand Oasis Palm, pelos quais você pode transitar livremente; usufruir de ambas as piscinas, serviços e restaurantes. Juntos, possuem duas grandes piscinas de água morna, e diversos restaurantes (não me lembro o número exato), quase todos incluídos no pacote all inclusive, com pequenas exceções.







A comida... Bom! (risos) – Eu voltei mais magra! Não que seja ruim, mas, eu não me adaptei a ela. Não sou muito fã de peixe, nem da variedade vasta de frutos do mar, e, como boa brasileira, preciso de arroz com feijão! A carne  vermelha era raridade, o arroz era quase sempre risoto e o feijão eles faziam levemente adocicado. Além do mais, o tempero é mais forte e bem diferente do que estamos acostumados (ou do que eu estou acostumada). Como alternativa, nos quiosques da praia (lembrando que estamos falando de um resort all inclusive) eles serviam hambúrguer e batata frita.

Recomendo os serviços e as instalações do Oasis Palm! Fomos muito bem atendidas e recebidas nos dias em que estivemos por lá. No entanto, Cancún tem uma vasta zona hoteleira com hotéis mais baratos, ou, dependendo do interesse, muito mais luxuosos. Ficamos hospedadas no Oasis Palm por 8 dias, mas não nos prendemos muito às atrações do hotel, visto que era necessário “rebolar” para conseguir visitar todos os locais incríveis que a cidade tem e ainda ir às compras – Claro!

Antes de falar dos passeios, primeira dica: Compras! Qualquer lugar do mundo que você for “sair às compras” será mais barato que no Brasil, nem que seja por poucos reais após a conversão. No entanto, por ser cidade turística e pelo câmbio correr principalmente em dólar, não vá à Cancún com a ilusão de que está indo para a 5ª Avenida em NY. Nem tudo vai valer a pena comprar; nem sonhe com eletrônicos. O que compensa comprar em Cancún são: óculos de sol (últimos modelos de ray ban variando entre 150,00 e 200,00 dólares), perfumes (diferentes marcas de importado variando entre 70,00 e 100,00 dólares) e bolsas (dependendo da marca). Obs: as etiquetas vem em Pesos Mexicanos, então, não se assuste caso aprece um óculos de sol por 3.000,00 Pesos (risos). 1,00 dólar = 12,00 em média. 

Passeios:

Cancún, cidade ascendente apenas nos últimos 40 anos, se tornou turística não apenas pelas belas praias, mas, também, por ser um dos berços da civilização Maya. A cidade respira cultura! Há diversos parques arqueológicos e também parques aquáticos que exploram esta riqueza histórica.  

1 – Xcaret

Xcaret significa em língua Maya “pequena baía” e foi durante mais de um milênio um dos portos e centros cerimoniais mais importantes da civilização Maya. Lugar sagrado, este porto, era usado para a “travessia”. Quem fosse Maya tinha que ir até o Xcaret pelo menos uma vez na vida, de lá partiria de canoa até a localidade de Cozumel, outro local sagrado para os Mayas. Esta “travessia” conotava “passagem”, “transcendência”. (descrição contida no folder do Xcaret e explicação de um funcionário do parque, após ser questionado por nós sobre as ruínas do local: se eram reais, ou criadas para a exploração turística.)

Atrações:
- Mergulho em rios naturais subterrâneos.
- Aquário. (Nadar com golfinhos e tubarões são atrações adicionais não incluídas no pacote. Nadar com os Golfinhos 129,00 dólares por 30 minutos e nadar com os tubarões 59,00 dólares, também por 30 minutos).
- Zoológico. (Onças, araras, flamingos, anta, cervos)
- Pavilhão das borboletas.
- Aldeias Mayas (rituais de purificação – atração adicional).

O parque é belíssimo. Há apenas praias e piscinas naturais de aguas cristalinas, no entanto é um passeio que demanda o dia todo, é bastante cansativo e tem que ter pique para conseguir andar por todo o parque que é enorme. Vale a pena! O funcionamento do parque se inicia às 9:00 e se encerra às 21:00. Das 19:00 às 21:00 os visitantes do parque são convidados a assistir, no teatro, um show imperdível. Duas horas de espetáculo que engloba desde a história Maya e a colonização espanhola até apresentações típicas com as riquezas culturais regionais mexicanas.




Para ter direito a todas as atrações mencionadas acima e o almoço, é necessário a aquisição do Xcaret Plus que pode variar de 120,00 a 159,00 dólares, dependendo da agência de turismo na qual você o adquire.  Obs: Vale a pena conferir os preços em agências de turismo locais.  

2 – Chichén Itzá.

A Cidade Maya de Chichén Itzá é considerada uma das 7 maravilhas do mundo. Um parque arqueológico com diversos templos, a Pirâmide de Kukulkan, um observatório e um campo do jogo de pelotas. A cidade de Chichén Itzá fica há 3 horas de Cancún. Compramos o passeio por 30,00 dólares com almoço incluído e o translado de ida e volta.
Pirâmide de Kukulkan

Templo dos Guerreiros ou das Mil Pilastras

Além das duas qualidades já mencionadas da belíssima Cancún, esta cidade possui uma vida noturna badaladíssima. Vale a pena ir em todas as boates e bares que conseguir. Fomos em 3:

- Coco Bongo
A Coco Bongo é uma boate que foge de tudo aquilo que se está costumado a ver, ficou mais conhecida após ter sido cenário de um dos filmes do Máscara, e traz diversos números artísticos que entretém o público até as 2:30 da manhã:  cover de diversos artistas clássicos e contemporâneos, números circenses, espetáculos de dança, personagens cinematográficos e muito mais. O preço varia de 60,00 a 80,00 dólares dependendo do dia da semana, este valor é para open bar.

O fato de eu ter sido arrastada pelos garços e ter dançado em cima do palco foi só um detalhe! (vê-se aqui aquele macaquinho do WhatsApp com a mão no rosto!)

Não tirem foto com o Máscara! Ele é brasileiro e me cobrou 10,00 dólares depois que a foto já estava batida! 


- Mandala
A Mandala é uma boate clássica, e perfeita para quem gosta de muita música eletrônica. 60,00  dólares open bar





- Senõr Frogs
Um barzinho que ninguém que vá a Cancun deve deixar de conhecer. Animadíssimo! Diferente dos barzinhos típicos brasileiros, o Senõr Frogs convida a todos os seus frequentadores a não ficarem inertes a conversas e rodadas de cerveja. Não sei se é efeito da tequila, das doses grátis de marguerita distribuídas a todo momento, mas é inevitável não subir nas cadeiras e dançar como se o mundo fosse acabar em segundos. Há concursos de animação, de quem canta a música, de dança e o prêmio, claro, doses de tequila e marguerita. 

Brasileiro que é brasileiro sobe na cadeira!!



Espero que tenham gostado desta viagem que eu amei! Estou à disposição para esclarecer qualquer dúvida e para dar mais dicas para quem deseje conhecer este lugar maravilhoso!


Companheiras! - Kênia e Fernanda


Marina

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Atrasado. Meia boca. Em tempo?

                      Bom, acho que estou um pouco atrasada para cumprir o ritual. Mas, para falar a verdade, nem percebi o passar da hora, porque, como já disse antes, é apenas um dia depois do outro, uma noite no meio e alguns fogos de artifício...

                        Sem querer justificar o atraso, Dezembro foi um mês imenso, sem fim! Corri como se o dia fosse acabar com apenas 12 horas e dormi querendo que a noite  fosse interminável, mas acordava com a sensação de que ela havia durado apenas 5 minutos. O final do semestre letivo não foi surpreendente; pra variar, excesso de pontos distribuídos nas duas semanas finais. Tensão pré prova, tensão pós prova! PI, Avin e Fim! No trabalho, fui duas (descobri que cobrir as férias de alguém pode ser uma das escolhas mais cansativa que você pode fazer na sua vida). Fora isso... meu ano foi uma caixinha de surpresas...

                        Ele começou mais calmo e mais tranquilo do que todos os outros, afinal de contas, não era mais um ano de buscas e expectativas, era um ano de desfrutar das conquistas e caminhar sobre o destino que eu havia escolhido pra mim. Um ano de esperar na sombra da comodidade a hora certa de dar mais um passo.

                        A espera durou menos do que eu imaginava e a comodidade foi amedrontada pelo peso das escolhas. Em 2013 eu descobri que maturidade é isto: saber escolher. E na vida, escolhas significam renuncias.

                        Logo em Abril recebi a proposta de ser contratada na empresa onde era estagiária. Passaria a ganhar um pouco mais que o dobro da bolsa que eu tinha até então, por duas horas a mais de serviço diário. Irrecusável, não?! Só que as duas horas a mais (tão sorrateiras e despercebidas ao longo do dia), me valeriam todas as horas dos meus finais de semana se eu realmente quiser me formar em Direito algum dia...

                        A ganancia de ver meu cofrinho transbordando, e o sonho de conquistar finalmente uma independência financeira, me fizeram dizer sim! Sempre acreditei naqueles ditados que dizem: “galo apertado é que canta” e “ a rapadura é doce mais não é mole não!” (rsrs desnecessário isso aqui!), por isso acreditei que seria capaz. E fui!

                        No final do primeiro semestre, confesso que quis me esconder debaixo da cama, cobrir minha cabeça com um cobertor bem pesado e só sair dali quando tudo estive acabado, e não existisse absolutamente nada a mais para resolver. No entanto, me agarrei às amarras das escolhas e descobri que eu era muito mais forte do que eu jamais imaginei que seria.

Um parêntese:

            (Meu pai decidiu escrever um livro sobre a minha avó materna que havia falecido em maio de 2012, o livro era um presente para a minha mãe e por isso era segredo para ela e para toda a família. Apenas eu e mais umas dez pessoas sabíamos da existência do livro. Eu era revisora, digitadora e nas últimas semanas também fui editora: título, capa, registro, parecer jurídico e tudo mais para que o sonho saísse do papel. A gráfica tinha nos dado 10 dias para que tudo ficasse pronto, do contrário não conseguiria manter o preço da licitação. Esta primeira bomba chegou na primeira semana do mês se Junho, a segunda viria três dias depois.
Meu pai é gerente de uma loja de móveis aqui na cidade onde moramos e em uma manhã, não tão bela assim, o dono da loja a ofereceu ao meu pai: ou ele a comprava, ou estaria desempregado. A intensão dos donos seria fechá-la.
            Eu estava no último mês do semestre, e ainda faltavam setenta pontos para serem distribuídos. Precisei dos dias dos meus finais de semana para terminar o livro (e das madrugadas também). O livro ficou pronto. O semestre acabou. E em menos de um mês meu pai foi desempregado, dono, desempregado e gerente outra vez.)

                        Quando o furacão acabou me senti pronta para qualquer coisa que estivesse por vir. Mas, ainda bem, que depois da tempestade sempre vem a calmaria; o segundo semestre foi tempo de colher bons frutos.
...

                        Resumindo, eu diria que o meu 2013 foi um ano 13! Para muitos isso pode parecer azar, mas, aqueles que carregam a fé em cada canto da alma, ou qualquer um que tenha uma leve simpatia pelo Zagalo, poderia vislumbrá-lo, com um pouco de boa vontade, como um ano de muita sorte...

                        Levei ao meu lado neste ano de 2013 os melhores amigos que alguém pode ter. Amigos que se fizeram base, pilar e escudo. Que me sustentaram ou que me ergueram quando precisei. Amigos que ficaram do meu lado do início ao fim. Amigos de sempre, os velhos de guerra; ou amigos de batalha, que se agregaram a mim para me fortalecer. Amigos que somaram e se multiplicaram e que fizeram (fazem) dos meus dias mais belos e cheios de luz.

(Amigos de um jeito genérico de dizer, pois, reporto à minha família cada palavra do parágrafo acima – o pilar mais forte de uma estrutura, quase sempre, vacilante).

                        Em 2013 o Galo foi campeão da Libertadores!! O que me fez perceber que, ou milagres acontecem aos 48 minutos do segundo tempo com alguma frequência, ou, então, Deus é atleticano!! :D

                        Além de tudo isso, 2013 foi um ano de realizar sonhos. De “extravasar” o que explodia por dentro: no corpo, no sorriso, na pele, no olhar, no coração, na alma. (Primeira tatuagem. Primeira de duas, talvez! E ah! Eu estou loira agora, embora ninguém pareça perceber isto. :/ )

                        No amor, meu ano foi um ano de despedidas... mas, também, foi um ano de encontros e de reencontros.

...



                        2013 acabou com os mesmos 365 dias dos demais, mas me deixou com a sensação de ter vivido décadas. Fico feliz de olhar para trás e perceber que aproveitei cada segundo. Fico com a sensação de que o fechei com chave de ouro, e uma vozinha, insistente aqui de pé de ouvido, teima em me lembrar que talvez eu tenha iniciado este novo ano com uma chave mais preciosa ainda. Que as páginas deste blogue se tornem pequenas para tudo que haverá para se contar e para tudo que há de se realizar!!

Seja muito bem-vindo 2014!!!

Marina