Bom,
acho que estou um pouco atrasada para cumprir o ritual. Mas, para falar a
verdade, nem percebi o passar da hora, porque, como já disse antes, é apenas um
dia depois do outro, uma noite no meio e alguns fogos de artifício...
Sem
querer justificar o atraso, Dezembro foi um mês imenso, sem fim! Corri como se
o dia fosse acabar com apenas 12 horas e dormi querendo que a noite fosse interminável, mas acordava com a
sensação de que ela havia durado apenas 5 minutos. O final do semestre letivo
não foi surpreendente; pra variar, excesso de pontos distribuídos nas duas
semanas finais. Tensão pré prova, tensão pós prova! PI, Avin e Fim! No
trabalho, fui duas (descobri que cobrir as férias de alguém pode ser uma das
escolhas mais cansativa que você pode fazer na sua vida). Fora isso... meu ano
foi uma caixinha de surpresas...
Ele
começou mais calmo e mais tranquilo do que todos os outros, afinal de contas,
não era mais um ano de buscas e expectativas, era um ano de desfrutar das
conquistas e caminhar sobre o destino que eu havia escolhido pra mim. Um ano de esperar
na sombra da comodidade a hora certa de dar mais um passo.
A
espera durou menos do que eu imaginava e a comodidade foi amedrontada pelo peso
das escolhas. Em 2013 eu descobri que maturidade é isto: saber escolher. E na
vida, escolhas significam renuncias.
Logo
em Abril recebi a proposta de ser contratada na empresa onde era estagiária. Passaria
a ganhar um pouco mais que o dobro da bolsa que eu tinha até então, por duas
horas a mais de serviço diário. Irrecusável, não?! Só que as duas horas a mais
(tão sorrateiras e despercebidas ao longo do dia), me valeriam todas as horas
dos meus finais de semana se eu realmente quiser me formar em Direito algum
dia...
A
ganancia de ver meu cofrinho transbordando, e o sonho de conquistar finalmente
uma independência financeira, me fizeram dizer sim! Sempre acreditei naqueles
ditados que dizem: “galo apertado é que canta” e “ a rapadura é doce mais não é
mole não!” (rsrs desnecessário isso aqui!), por isso acreditei que seria capaz.
E fui!
No
final do primeiro semestre, confesso que quis me esconder debaixo da cama,
cobrir minha cabeça com um cobertor bem pesado e só sair dali quando tudo
estive acabado, e não existisse absolutamente nada a mais para resolver. No
entanto, me agarrei às amarras das escolhas e descobri que eu era muito mais
forte do que eu jamais imaginei que seria.
Um
parêntese:
(Meu pai decidiu escrever um livro sobre a
minha avó materna que havia falecido em maio de 2012, o livro era um presente
para a minha mãe e por isso era segredo para ela e para toda a família. Apenas
eu e mais umas dez pessoas sabíamos da existência do livro. Eu era revisora,
digitadora e nas últimas semanas também fui editora: título, capa, registro,
parecer jurídico e tudo mais para que o sonho saísse do papel. A gráfica tinha
nos dado 10 dias para que tudo ficasse pronto, do contrário não conseguiria
manter o preço da licitação. Esta primeira bomba chegou na primeira semana do
mês se Junho, a segunda viria três dias depois.
Meu pai é
gerente de uma loja de móveis aqui na cidade onde moramos e em uma manhã, não
tão bela assim, o dono da loja a ofereceu ao meu pai: ou ele a comprava, ou
estaria desempregado. A intensão dos donos seria fechá-la.
Eu estava no último mês do semestre,
e ainda faltavam setenta pontos para serem distribuídos. Precisei dos dias dos
meus finais de semana para terminar o livro (e das madrugadas também). O livro
ficou pronto. O semestre acabou. E em menos de um mês meu pai foi desempregado,
dono, desempregado e gerente outra vez.)
Quando
o furacão acabou me senti pronta para qualquer coisa que estivesse por vir. Mas,
ainda bem, que depois da tempestade sempre vem a calmaria; o segundo semestre
foi tempo de colher bons frutos.
...
Resumindo,
eu diria que o meu 2013 foi um ano 13! Para muitos isso pode parecer azar, mas,
aqueles que carregam a fé em cada canto da alma, ou qualquer um que tenha uma
leve simpatia pelo Zagalo, poderia vislumbrá-lo, com um pouco de boa vontade, como
um ano de muita sorte...
Levei
ao meu lado neste ano de 2013 os melhores amigos que alguém pode ter. Amigos
que se fizeram base, pilar e escudo. Que me sustentaram ou que me ergueram
quando precisei. Amigos que ficaram do meu lado do início ao fim. Amigos de
sempre, os velhos de guerra; ou amigos de batalha, que se agregaram a mim para
me fortalecer. Amigos que somaram e se multiplicaram e que fizeram (fazem) dos
meus dias mais belos e cheios de luz.
(Amigos
de um jeito genérico de dizer, pois, reporto à minha família cada palavra do
parágrafo acima – o pilar mais forte de uma estrutura, quase sempre, vacilante).
Em
2013 o Galo foi campeão da Libertadores!! O que me fez perceber que, ou milagres
acontecem aos 48 minutos do segundo tempo com alguma frequência, ou, então,
Deus é atleticano!! :D
Além
de tudo isso, 2013 foi um ano de realizar sonhos. De “extravasar” o que
explodia por dentro: no corpo, no sorriso, na pele, no olhar, no coração, na
alma. (Primeira tatuagem. Primeira de duas, talvez! E ah! Eu estou loira agora, embora ninguém pareça perceber isto. :/ )
No
amor, meu ano foi um ano de despedidas... mas, também, foi um ano de encontros
e de reencontros.
...
2013
acabou com os mesmos 365 dias dos demais, mas me deixou com a sensação de ter vivido
décadas. Fico feliz de olhar para trás e perceber que aproveitei cada segundo.
Fico com a sensação de que o fechei com chave de ouro, e uma vozinha,
insistente aqui de pé de ouvido, teima em me lembrar que talvez eu tenha
iniciado este novo ano com uma chave mais preciosa ainda. Que as páginas deste
blogue se tornem pequenas para tudo que haverá para se contar e para tudo que
há de se realizar!!
Seja
muito bem-vindo 2014!!!
Marina
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