domingo, 1 de janeiro de 2017

A dona aranha subiu pela parede, veio a chuva forte e a derrubou...

Estou pensando há uns 3 dias o que escrever aqui. Por onde começar, o que contar e o que omitir.

Eu e esta minha tarefa de escrever textos previsíveis. Ainda mais este aqui: milésima edição de fim de ano.

Está todo mundo fazendo balanço nas redes sociais. Postando fotos da sua melhor retrospectiva, abrindo seu mundo como um livro legível sem mistérios. Quando eu postar este monólogo entre nós, diário, vou ter centena de visualizações, vários comentários - uns tímidos aqui no blogue, outros tantos no facebook e alguns desbocados no whatsapp -  e vai vir aquela dúvida se realmente fiz o meu melhor. Se fui original desta vez, se disse tudo que eu queria dizer nas minhas metáforas inimagináveis e se mascarei algumas verdades com vontade de dizer um pouquinho mais.

Eu gosto disso aqui e gosto de vocês, leitores. E fiquei pensando qual mensagem vocês gostariam de ler aqui desta vez. Parece que 2016 foi um ano tão confuso para tanta gente, né? Pelo menos é o que eu tenho lido por aí. Que 2016 foi um ano astral complicado, cheio de fechamento de ciclos e que 2017 seria ano de recomeços, e sobre o qual estamos depositando todas as nossas expectativas.

Concorda ou sem corda?

Bom, não sei responder em sim ou não, porque esta definição aí é relativa para mim e vou te explicar porque, leitor.

2016 foi um ano incrível. Foi um ano de fechamento de ciclos e de recomeços.

(...)

Acomodamo-nos a viver sobre rotinas vans. Esquecemo-nos, por vezes, dos nossos objetivos e vamos adiando nossos sonhos. Até que algum dia alguém vai lá e nos dá um pontapé e diz: coragem!!!  - Nem que seja a vida, lhe mostrando que aquela zona de conforto só lhe faz ficar inerte à comodidade monótona e sem graça.

Claro que a comodidade traz segurança, mas, você já parou para pensar tudo aquilo que pode estar te esperando se você tiver coragem de chamar a vida para dançar? E daí se a dança começar na chuva? Talvez você precise desta lavada de alma para estar pronto quando o sol chegar.

Ah! Isso é importante! Você precisa estar pronto quando o sol chegar. Porque ele chega. E você, novamente, precisará ter coragem e discernimento para reconhecê-lo.

2016 foi ano de muitas tempestades, mas, em contrapartida, foi o ano que o sol mais brilhou para mim. Foi o ano que a presença de Deus se fez inquestionável e eu resisti, no colo dele, à todas as provações.

E olha, leitor, não foi daquelas chuvas de regar os sonhos para florir ao nascer do sol. Foi daquelas de inundar a alma de fazer transbordar rios de lágrimas. Foi daquelas de vendaval, de derrubar tudo: sorrisos, tranquilidade, bom senso; o telhado e a base do “meu eu”. Foi de dar dó de ver. E foi de doer o coração. Mas, quando passou, leitor. E o embaçar das lágrimas se desfez, foi que eu pude enxergar os detalhes daquele alvoroço. Meus alicerces estavam de pé, e o que caiu foram só os entulhos sobre os quais estava cômodo viver.

Eu podia ter ficado ali recolhendo os entulhos e me reconstruindo sobre os mesmos pedaços, mas, o sol brilhava de mais no horizonte e o convite ao recomeçar falou mais forte que o anseio de permanecer.

E foi assim que tudo se refez, leitor. Entrei no primeiro barco e parti. Com medo, com muito medo, mas, com a certeza gritando no peito que era chegada a hora. A minha hora de ser feliz.

Hoje eu penso que eu devia ter feito isso antes. Mas, com imaturidade talvez eu tivesse pegado o barco errado. Não que a aventura pudesse ter sido ruim, mas, quem sabe demorasse mais para absorver tudo isso. Tudo tem seu tempo e a sua hora, não é, leitor?

Em 2016 eu aprendi o significado de fé: fé é colocar o pé e acreditar que Deus vai colocar o chão. E isso foi o suficiente para dizer que 2016 foi o melhor ano da minha vida!

Se foi bom, ou se foi ruim é só uma questão de ponto de vista! Pense nisso!

Concorda ou sem corda?
Nina

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